20140529

Exposição Amor Selvagem de Chloé Le Prunennec






Neste sábado inauguraremos uma nova exposição aqui na Loja, é com alegria que a teremos pelo mês de junho que está chegando! Agregando multiplicidade e conteúdo a nossa proposta coletiva, a artista Chloe Le Prunennec ao comentar sobre a exposição e seus trabalhos nos escreveu um texto intenso, emotivo, repleto de experiências entre línguas, pessoas e países por que tem passado. Segue seu belo relato, e sábado nos vemos na CINCOCINCO!

"A experiência "Amor selvagem" é uma série do autoretratos, de marcas no tiempo como as mensagens que as facas deixam nos corações das árvores: "x estava aquí", "z ama y”. 

La união da palabra "amor" com "selvagem" pode parecer contraditória, mas são simplesmente as duas faces da mesma moeda. O amor, Essa linda danza mil vezes celebrada, se torna também em um duelo mortal que já fez escorrer suficiente sangue para cheiar os oceanos. No é só a vibração entre duas almas, é o choque entre as carnes. Os corpos entram  em colisão, o coração late como louco, os peitos gritam e gemem, e ninguém escapa sem ferida. Ninguém escapa sem querer voltar para mais.

Eu cheguei aqui depois de uma larga rota, com minhas feridas abertas e minhas velhas cicatrizes. Faz um ano e meio que me despedi, com 21 anos, da vida de estudante de arte em Paris, com seus meses e meses frente a uma tela de computador. Me despedi da rotina e da europa, peguei a minha mochila, e saí sem intenção de voltar, com primeira destinação América do sul, armada com minhas aquarelas e minhas botas de caminhada.

Passaram vários séculos : recorri mais de 3000km de carona, aprendi hebreo, morei na floresta com indígenos, recebi um beijo de amor de uma llama. Vivi sem dinheiro, me torné aprendiz de um tatuador só com pedir "por favor", olvidé minhas lenguas maternas, vi pinguinos,  lobos do mar e uma cobra que este dia escolheu me deixar vivir. Vivi 6 meses sem telefono, 3 sem ver uma cama, me torné homem de vez en cuando, expliqué várias vezes onde fica Europa, comi todas as comidas típicas do Paraguay. Assisti o contrabando de gasolina, conselhos murmurados de bruxa para abortar, crises de epilepsia e amputações com sierra eléctrica. Aprendi a hipnotizar, a imitar cação, nadei com delfines e jakaré.

Chega um tiempo para descansar os pés, absorver. Eu fico aqui para falar com as ondas, pintar coisas que não tive tiempo de pintar e fazer vibrar a maquina de tatuagem.
"Amor selvagem" é minha oportunidade de sacar absolutamente toda a luz (ao ar?), e deixar cair esa velha pele morta, para seguir o meu camino mais ligeira."

                                                                                                                                                                                                                   Chloé Le Prunennec





20130328

Xanxa: o fazedor de casinhas!



Todos conhecemos Xanxa, ele é o cara!!! Nossa versão mais querida do MacGyver, aquele que muitas vezes “quebra a cabeça” e se torna mais criativo que a idéia que a gente teve,... para torná-la real dentro do espaço da loja. Como de tudo ele entende um pouquinho, a frase “vamos ligar para o Xanxa” é bastante ouvida, e repetida pelos lados da 55 =]...
Quem o conhece já sabe que é  detalhista e meticuloso, em trabalhos que muitas vezes não se percebe. Mas o que pouca gente sabe é que Xanxa também é um construtor de casas!!! Cada construção nova que aparece instalada no espaço Rosapingo, é um encanto, e um primor. Essa postagem trata de sua última criação, e acompanha uma lembrança de infância, imediata e querida: a animação The old Mill (1937), lembrança essa que só posso agradecer e creditar, a esses felizes criadores que fazem a parte gente-grande-chata-da-gente tropeçar em sua seriedade... e cair na fantasia e no encanto de nosso próprio imaginário infantil, que a gente nem sabia que ainda existia!!!






20130319

Diego Fagundes abre o Ciclo de Exposições 2013 do Espaço 55


 
A loja 55 tem o prazer de apresentar para a primeira exposição de 2013 as inquietantes ilustrações do artista Diego Fagundes. 

Diego Fagundes nasceu em Porto Alegre (RS), em 1985. Formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis (SC), onde reside atualmente e desenvolve seu trabalho como ilustrador. 
Sua temática nasce do conflito entre o traço humano – demasiado humano, hesitante e frágil – e a rigidez imposta pelo espaço e pelo desenho arquitetônico, cada vez mais computadorizado e exigente de precisão. A colisão entre esses mundos faz surgir uma narrativa própria, na qual o espaço oprime, mas o traço é capaz de libertar. 

Diego também atua como arquiteto e urbanista no estúdio NIMBU, voltado para experimentações em arquitetura e arte urbana.
Seus desenhos já estamparam revistas e sites como o Today in Art, Juxtapoz Magazine, Archdaily, Zupi, Alfa entre outros. Em 2009 realizou a exposição Tragédia Misturada ao Nada na Galeria de Arte da UFSC e em 2011 foi tema da exposição Precisão Poética, na Galeria Olho Mágico em Florianópolis.












Formado em Arquitetura e Urbanismo, o ilustrador porto-alegrense cria "uma base técnica sólida na qual serpenteia uma poética visual muito particular. Em suas ilustrações e histórias em quadrinhos de caráter surrealista, o artista retrata um mundo impossível, porém feito de sensações e emoções reais. Um certo humor trágico atravessa seu trabalho que é tratado de forma sutil (com delicadeza no traço e bom gosto nas cores), ... inseridos sempre em uma trama inteligente que denota uma crítica construtiva à sociedade de consumo e à estupidez humana."
[Diego de los Campos, para o blog NaCasa]

 


O que: Exposição de Diego Fagundes
Onde: Loja 55  - Rua Tiradentes 194 - Centro
Quando:  terça-feira - dia 26 de março – as 17:55h